O Mater Natura, por meio do projeto “Refloresta o Lagamar: fortalecimento de áreas protegidas e da cadeia produtiva de restauração para conservação da Mata Atlântica”, está finalizando a restauração e o enriquecimento florestal de 181,1 ha da vegetação nativa com o plantio de mais de 40 mil mudas em sete Unidades de Conservação do Lagamar Paranaense (Estação Ecológica do Guaraguaçu, Parques Estaduais do Rio da Onça e do Palmito, as RPPN Encontro das Águas, Reserva da Pousada Graciosa e Encantadas, e a Reserva Sol Nascente). Desenvolvido com o apoio do Fundo Nacional para a Biodiversidade (Funbio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Cooperação Brasil-Alemanha, neste mês de novembro o projeto completa dois anos de execução, em que se destacam os objetivos e produtos a seguir relatados.
Todas as linhas de plantio para enriquecimento foram marcadas e são monitoradas quanto ao sucesso de estabelecimento das mudas. A semeadura direta nas áreas de enriquecimento foi uma atividade desenvolvida ao longo de todo o projeto, de acordo com a possibilidade de coleta das sementes das espécies adequadas para esta prática. Foi dado foco nas espécies de palmeiras, que reconhecidamente, apresentam bom índice de sucesso de germinação após a semeadura direta em campo.
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Foi realizada a restauração de, aproximadamente, sete hectares de áreas degradadas em cinco unidades de conservação com o combate das espécies exóticas invasoras e a condução da regeneração natural. Nestas áreas foram plantadas por volta de 10 mil mudas
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A equipe do Mater Natural fez ao longo do projeto o mapeamento dos atores locais, que atuam de alguma forma na cadeia da restauração no litoral do Paraná, bem como está promovendo a ampliação da cadeia produtiva de sementes e mudas destinadas à restauração florestal no litoral do Paraná.
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Foram realizadas visitas em comunidades, reuniões, estabelecidas parcerias e realizadas busca por novos recursos para continuidade do projeto.
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Nos dois anos de execução do Projeto foram marcadas mais de 400 matrizes de espécies arbóreas, de 91 espécies, sendo 25 classificadas com algum grau de ameaça de extinção.
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Também foram coletados 1.907 kg de sementes, destinadas aos viveiros do Instituto Água e Terra (IAT) em Morretes-PR e São José dos Pinhais, viveiros comunitários do projeto PRAD TEIA, viveiros do Centro de Convivência Agroecológica (CCA), da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI), do EKÔA Park e viveiros da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).