Projetos do Mater Natura contribuem para adoção de políticas públicas direcionadas à conservação de anfíbios anuros

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13 de Fevereiro de 2019, notícia publicada pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais.

Para cumprir sua missão institucional de “contribuir para a conservação da diversidade biológica e cultural visando a qualidade da vida”, o Mater Natura adota duas estratégias: a execução de projetos técnicos e a promoção de políticas públicas. Para potencializar resultados, sempre procuramos mesclar essas estratégias, a exemplo do ocorrido em dois projetos do Instituto patrocinados pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, executados com o objetivo de contribuir para o cumprimento de metas estabelecidas no Plano de Ação Nacional (PAN) para a Herpetofauna Sul.

No dia 10 de setembro de 2018, os pesquisadores Peterson Leivas e André Confetti, que integram a equipe executora destes dois projetos, entregaram a técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) o documento técnico intitulado “Distribuição e conservação de anfíbios microendêmicos do sul do Brasil”. O relatório contém os resultados dos estudos de campo sobre as espécies de anfíbios anuros do gênero Brachycephalus e do Cycloramphus bolitoglossus, bem como orientações para sua conservação. Endêmicos da Mata Atlântica, eles são encontrados apenas em ecossistemas montanos específicos e restritos aos estados do Paraná e Santa Catarina. Também, em 05/10/2018, os citados pesquisadores entregaram o relatório para técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Ambas as reuniões tiveram por objetivo discutir estratégias para a conservação das espécies, que são citadas entre as prioridades do PAN Herpetofauna Sul.

Como principal resultado dessas iniciativas de políticas públicas para o estado de Santa Catarina temos a instituição do programa “Conservação dos anfíbios microendêmicos e de distribuição restrita de Santa Catarina”, através da Portaria IMA nº 283/2018, de 18/12/2018. Esse programa tem por objetivo apoiar e desenvolver estudos acerca da distribuição e situação de conservação dessas espécies e elaborar estratégias de conservação para a sua manutenção. A portaria pode ser acessada na integra clicando neste link (vide página 27).

No entanto, os resultados obtidos com os dois projetos, que serão concluídos em final deste mês de fevereiro, certamente terão impacto direto na conservação pois darão subsídio para avaliação do status de ameaça e tomada de ações para o manejo e conservação das espécies e das áreas em que ocorrem. Entre elas podemos destacar o (1) auxílio aos órgãos ambientais e grupos de trabalho durante o processo de revisão de listas de espécies ameaçadas ou para definição de ações prioritárias em programas de conservação, (2) definir políticas públicas para a geração de linhas de proteção e preservação bem como no processo de criação, ampliação e gestão de unidades de conservação. Ainda, esses dados podem auxiliar na tomada de ações no processo de licenciamento ambiental.

Abaixo, as fotos das reuniões com membros da equipe do IAP e IMA.

Reunião com membros da equipe do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) para entrega do relatório técnico "Distribuição e conservação de anfíbios microendêmicos do sul do Brasil"
Reunião com membros da equipe do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) para entrega do relatório técnico “Distribuição e conservação de anfíbios microendêmicos do sul do Brasil”.
Reunião com membros da equipe do IMA (Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina) para entrega do relatório técnico "Distribuição e conservação de anfíbios microendêmicos do sul do Brasil"
Reunião com membros da equipe do IMA (Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina) para entrega do relatório técnico “Distribuição e conservação de anfíbios microendêmicos do sul do Brasil”.

 

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