05 de outubro de 2017, notícia publicada pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) anunciou, em 29 de setembro,que a Unesco declarou como Sítio Ramsar parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba.
Localizado no município paranaense de mesmo nome, o Sítio Ramsar Guaratuba possui cerca de 40 mil hectares. A região protege as maiores extensões de áreas úmidas preservadas em todo o sul do Brasil.
O Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais contribuiu para a criação deste novo Sítio Ramsar, por meio do projeto “Implantação do Plano de Conservação do Bicudinho-do-brejo”, realizado entre 2012 e 2015 com o apoio financeiro do Fundo Brasileiro para a Conservação da Biodiversidade (FUNBIO). Um dos objetivos do projeto era a produção de documento para subsidiar o Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), colegiado vinculado ao MMA, a propor à Unesco a criação de umnovo Sítio Ramsar na APA de Guaratuba.
Os dados ambientais da fauna e da flora da região, levantados pela equipe do projeto revelaram que na área da baía de Guaratuba e em seu entorno imediato vivem 322 espécies de aves, sendo 14 delas ameaçadas de extinção a nível global. Entre elas destaca-se o bicudinho-do-brejo (Stymphalornisacutirostris), espécie de ave descoberta por pesquisadores do Mater Natura em 1995, e que ocorre em apenas algumas populações isoladas entre os litorais dos estados do Paraná e do norte do Rio Grande do Sul.
A “Convenção sobre as Zonas Úmidas de Importância Internacional”, conhecida por “Convenção Ramsar”, foi firmada em 1971 e tem por missão a conservação e uso racional das áreas úmidas em consonância com o desenvolvimento sustentável. Os Sítios Ramsar são o principal instrumento adotado pela Convenção para implementar seus objetivos.
Veja aqui o anúncio do MMA sobre a criação de novos Sítios Ramsar.