Oficina de trilhas de longo curso é realizada pelo Mater Natura, em projeto apoiado pelo WWF-Brasil

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31 de maio de 2020, notícia publicada pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais.

Em dezembro de 2019 o Mater Natura e o WWF-Brasil firmaram uma parceria técnico-financeira, cujo objetivo geral é a elaboração de Plano de Restauração da Mata Atlântica na Ecorregião do Alto Paraná (Parque Nacional do Iguaçu – Parque Nacional de Ilha Grande). O Plano será construído de forma conjunta com atores da região de entorno dos parques nacionais citados.

Como parte da agenda para construção do Plano, nos meses de abril e maio, aconteceu a oficina “Trilhas de longo curso e o ecoturismo como oportunidade de restauração de áreas e conexão de paisagem”. Devido a pandemia causada pelo Covid-19 a oficina ocorreu via plataforma da web.

As trilhas de longo curso visam contribuir com os objetivos do Programa Nacional de Conectividade de Paisagens (CONECTA) e em seu traçado, consideram a passagem por unidades de conservação, áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, conectividade de paisagens, recuperação de ecossistemas degradados, reservas da biosfera, sítios ramsar e fragmentos florestais.

O uso das trilhas de longo curso como oportunidade para restauração objetiva otimizar esforços conciliando as atividades e trazendo benefícios que são possibilitados pela integração das ações como: maior e melhor compreensão das pessoas sobre a importância da conservação ambiental (educação ambiental), maior prazer na execução das atividades ao ar livre tendo em vista a presença de mais áreas verdes e naturais, incluindo maiores chances de avistamento de fauna à longo prazo. Ainda, a sensação de pertencimento ao acompanhar o processo de desenvolvimento da área restaurada, o que pode ser ainda maior de acordo com o grau de envolvimento da pessoa com o projeto e também o retorno financeiro tendo em vista que podem ser desenvolvidos e comercializados produtos da trilha com todo apelo conservacionista que vem com ela (trilha), e ainda o ganho ambiental da recuperação de áreas antes degradadas.

A oficina foi dividida em dois módulos e foram realizadas atividades entre os módulos. O módulo I aconteceu no dia 30 de abril e o módulo II no dia 14 de maio, ambos com duas horas de duração e a participação de 40 pessoas em cada módulo. Estiveram presentes representantes de 27 instituições de diversos segmentos.

Como parte dos resultados desta oficina os participantes traçaram um trajeto de trilha de longo curso (figura 1), conectando os municípios lindeiros do lago de Itaipu até o Mato Grosso do Sul – Passando pelo Parque Nacional do Iguaçu, Parque Nacional de Ilha Grande, Parque Natural Municipal de Naviraí e Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. A construção desse trajeto aconteceu durante as atividades entre módulos, em que o moderador da oficina, Erick Caldas Xavier, se reuniu virtualmente com os participantes durante uma semana, para tirar dúvidas, receber sugestões e orientar quanto ao trajeto a ser construído. Esse trajeto é apenas uma primeira versão, pois vários aspectos ainda devem ser considerados.

Trajeto de trilha de longo curso traçado pelos participantes da oficina (versão prévia).
Figura 1: Trajeto de trilha de longo curso traçado pelos participantes da oficina (versão prévia).

Foram indicadas também locais com potencial para implantação de sistemas agroflorestais (SAF), que são áreas de interesse do projeto, por se tratarem de processos produtivos de baixo impacto e podem atuar como trampolins ecológicos em relação a conservação. O fortalecimento socioeconômico de pequenos produtores, comunidades/pessoas que trabalham com artesanato, produtos coloniais e turismo local também foi mencionado.

Como encaminhamento, os participantes receberam formulários para indicar áreas potenciais para restauração ecológica, preferencialmente ao longo do trajeto mapeado. O moderador da oficina foi convidado a escrever um artigo para “O Eco” sobre as trilhas de longo curso. Leia o artigo completo clicando aqui.

A próxima oficina prevista no escopo do projeto é a oficina de “Conservação de espécies” a se realizar no mês de junho e julho.

Participantes do Módulo II da Oficina longo curso e o ecoturismo como oportunidade de restauração de áreas e conexão de paisagem.
Figura 2: Participantes do Módulo II da Oficina longo curso e o ecoturismo como oportunidade de restauração de áreas e conexão de paisagem.

 

 

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