24 de novembro de 2019, notícia publicada pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais.
Atualizado em 26 de novembro de 2019.
Entre os dias 06 e 08 de novembro o vice-presidente do Mater Natura, Adriano Wild representou o Instituto em atividades promovidas pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – CN-RBMA, que aconteceu no Litoral norte de Bahia.
No dia 06 ocorreu a 27ª Reunião do CN-RBMA e a 19ª Assembleia Geral do Instituto Amigos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (IA-RBMA). Na pauta foram tratados assuntos como: o panorama atual das questões socioambientais; a RBMA na estrutura do Ministério do Meio Ambiente – não reconhecimento do COBRAMAB (Comissão Brasileira do Programa Homem e Biosfera) abolido em decreto de março/2019; contaminação por petróleo bruto no nordeste; Carta da Praia do Forte; Comitês Estaduais; Postos Avançados da RBMA; Lançamento do novo site da RBMA e ainda durante a Assembleia Geral foram abordados temas envolvendo o IA-RBMA que é o braço executivo-financeiro do Conselho Nacional da RBMA, e apresentado o demonstrativo administrativo-financeiro da RBMA 2018/2019.
No dia 07 ocorreu a abertura oficial do Seminário Nacional de Turismo e Mata Atlântica, promovido pelo CN-RBMA em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) da Bahia e a Secretaria do Turismo da Bahia. Durante a abertura, entre outros momentos merecidos de destaque, houve o lançamento oficial do primeiro ROTEIRO DA BIOSFERA brasileiro envolvendo 10 Postos Avançados da RBMA localizados no litoral norte do Estado da Bahia. A iniciativa é um, dentre outros marcos da parceria entre a RBMA, o Governo da Bahia e diversas instituições locais, envolvendo os princípios sustentáveis para o desenvolvimento do Turismo, especialmente o de Base Comunitária, assunto recorrente de discussões em todo o território brasileiro. O Roteiro da Biosfera da Costa dos Coqueiros – Fase 1 servirá de modelo para a criação e implantação de diversos outros Roteiros da Biosfera na Mata Atlântica e subsidiar a criação de outros Roteiros compromissados com a Sustentabilidade nas demais Reservas da Biosfera do Brasil e do Exterior.
No dia 08, em continuação ao Seminário Nacional de Turismo e Mata Atlântica, a programação foi voltada para as mesas-redondas com temas sobre o sistema das concessões, a gestão de impactos da visitação em Unidades de Conservação e o Turismo Técnico-Científico.
O objetivo deste evento foi de formular propostas para o fortalecimento do turismo sustentável no Bioma Mata Atlântica, sendo que estiveram presentes representantes dos setores governamentais, terceiro setor, iniciativa privada, estudantes e pesquisadores.
Sobre as Reservas da Biosfera
As Reservas da Biosfera são áreas de biomas terrestres e/ou marinhos reconhecidos pelo Programa MaB (Man and the Biosphere/Homem e Biosfera) da UNESCO, como de importância em nível mundial para a conservação da biodiversidade, a promoção do conhecimento cientifico e tradicional e o desenvolvimento sustentável. Devem servir como áreas prioritárias para experimentação e demonstração dessas práticas buscando sempre novas alternativas para promover a prosperidade humana em harmonia com a biosfera.
Estas Reservas são o principal instrumento do Programa MAB e compõe uma rede mundial que conta atualmente (2019) com 701 RBs em 124 países. Em cada país o Programa MaB é coordenado por um Comitê Nacional de alto nível. No Brasil tal atribuição cabe à Comissão Brasileira do Programa Homem e Biosfera-COBRAMAB, vinculada e presidida pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA.
No Brasil foram reconhecidas até o momento sete Reservas da Biosfera (RB), todas elas de grandes dimensões e, em sua maioria, delimitadas tendo-se por base os principais remanescentes florestais e as áreas protegidas de cada um dos grandes biomas do país. Assim, foram declaradas a RB Mata Atlântica, a RB do Cerrado, a RB da Caatinga, a RB do Pantanal a RB da Amazônia Central, além da RB do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo que embora integralmente superposta à RBMA e parte integrante da mesma, a partir de 2017 passou a ser reconhecida pela UNESCO como uma Reserva individualizada. A sétima área incluída no Programa MaB foi a RBSE-Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, que abriga importantes campos rupestres e ecótonos com a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga.