Plano de restauração da Mata Atlântica no Alto Paraná aponta os caminhos para a restauração na região

Compartilhe esse conteúdo

1° de julho de 2022, notícia publicada pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais.

Material foi elaborado pelo Mater Natura em parceria com o WWF-Brasil e aborda aspectos socioeconômicos para o fortalecimento da cadeia da restauração

 O “Plano de Restauração da Mata Atlântica na Ecorregião do Alto Paraná”, um documento norteador e que reúne boas práticas para a restauração ecológica em áreas localizadas em parte da Ecorregião do Alto Paraná foi um trabalho de pesquisa de mais de dois anos. Conduzido pelo Mater Natura e o WWF-Brasil, juntamente com a Rede Gestora do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná e do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica o material destaca a necessidade do trabalho em conjunto das ações voltadas para a restauração durante a Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas.

O documento possui como objetivo a construção, de forma participativa, de uma visão estratégica de restauração da paisagem, incluindo a compreensão de regiões prioritárias e a mobilização de áreas para restauração, com foco na criação de corredores para a biodiversidade, alinhado a aspectos socioeconômicos e ao fortalecimento da cadeia de restauração da região.

Plano de Restauração foi elaborado a partir de reuniões e oficinas de diferentes temáticas e com a participação de atores com atuação em diferentes regiões da Mata Atlântica. Contamos com pessoas experientes na construção do documento que traz a perspectiva local e regional a partir da análise de paisagem utilizando ferramentas geoespaciais.  Como resultamos, tivemos: 155 participantes do processo, 700 hectares prospectados e a identificação de um déficit de aproximadamente 200.000 hectares com necessidade de restauração no território que abrange a região sul do Mato Grosso do Sul, no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema até a região do Parque Nacional do Iguaçu no Paraná, no território transfronteiriço da Mata Atlântica, entre Brasil, Paraguai e Argentina.

E o plano já está em ação. Atualmente estão sendo restaurados 58 hectares distribuídos ao longo deste território, utilizando sistemas agroflorestais, plantio total, condução da regeneração da vegetação nativa. Ocorrendo ainda a previsão de aplicação de testes como o controle de capim exótico e enriquecimento por semeadura.

Agora, queremos compartilhar o material fruto desse trabalho, com a expectativa de que os resultados contribuam como inspiração para outros trabalhos no território, engajando e fortalecendo atores, articulando os diferentes elos dessa cadeia e formando parcerias para que juntos possamos ganhar escala nas ações de conservação, restauração ecológica e promoção dos serviços ecossistêmicos.

O Plano de Restauração Mata Atlântica na Ecorregião do Alto Paraná pode ser acessado aqui nas versões em português, inglês e espanhol.

Ou clique aqui para fazer o download do Plano de Restauração Mata Atlântica na Ecorregião do Alto Paraná, também nas três versões – português, inglês e espanhol.

Inscreva-se em nossa Newsletter

Receba mensalmente o nosso informativo.

Posts Relacionados

Biblioteca Olha o Clima, Litoral!

Mudança climática: projeções e recomendações para o Litoral do Paraná – Estudos de elevação do nível do mar e quantificação de estoques de carbono azul

O relatório Estudos de elevação do nível do mar e quantificação de estoques de carbono azul é o primeiro de uma série de publicações intitulada Mudança climática: projeções e recomendações para o Litoral do Paraná, que serão concluídas até o final do ano pelo projeto “Olha o Clima, Litoral!”, realizado pelo Mater Natura – Instituto

Nossas ações

2º Encontro Diálogo dos Saberes abordou temas como mudança climática e impactos na pesca

No último sábado (29/07), o projeto “Olha o Clima, Litoral!” realizou o 2º Encontro de Diálogo de Saberes, em conjunto com a Festa do(a) Pescador(a) em Antonina/PR, na Praia da Ponta da Pita. A ação buscou se aproximar da população local, especialmente pescadores e pescadoras tradicionais, para promover trocas com especialistas ambientais sobre temas como

Rolar para cima