Conheça a atuação do Mater Natura em Unidades de Conservação

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22 de Setembro de 2019, notícia publicada pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais.  

Dentre o portfólio de 87 projetos executados ou em desenvolvimento pelo Mater Natura, muitos deles estão relacionados direta ou indiretamente às unidades de conservação (UCs), contemplando as seguintes áreas de atuação: planos de manejo, formação e capacitação de conselhos gestores, estudos para ampliação ou implantação de áreas protegidas, participação em conselhos gestores, projetos para formação e implantação de corredores de biodiversidade, restauração de ambientes, pesquisas e educação ambiental. Vejam exemplos abaixo em cada categoria citada, e visite a seção de projetos do Mater Natura para obter maiores informações sobre os projetos citados.

Elaboração de planos de manejo  O Mater Natura foi responsável pela elaboração de seis planos de manejo de UCs: 1- Parque Nacional de Ilha Grande – PNIG, que abrange nove municípios dos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul; 2- Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo, no município paranaense de Fênix, 3- Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Esperança que abrange o território de 10 municípios paranaenses; 4 a 6- RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) Tarumã, Rancho Sonho Meu I e II, e Itaytyba.

Formação de Conselhos Gestores e a capacitação de seus conselheiros – Além da formação do Conselho Gestor da APA da Serra da Esperança, também atuamos junto ao REVIS – Refúgio de Vida Silvestre da Foz do Rio Maurício–Rio Iguaçu, situado na Região Metropolitana de Curitiba, onde desenvolvemos ações de capacitação, junto aos alunos do Curso de Técnico Ambiental do Colégio Anita Canet e representantes da Defesa Civil, Guardas Municipais e Grupamento Rural do município de Fazenda Rio Grande (PR), sobre conservação da natureza, com foco em unidades de conservação e informações a respeito do REVIS.

Entre 2007 a 2009 executamos o projeto “Capacitação em Gestão Participativa em Unidades de Conservação na Região Sul e Mato Grosso do Sul” (logo do projeto na figura 1), onde mais de 180 pessoas envolvidas com a gestão de 46 Unidades de Conservação dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul puderam dialogar e aprender com a troca de experiências neste projeto de capacitação em gestão participativa. Mecanismos que permitiram aos atores sociais contribuírem com a gestão destas UCs foram construídos em oficinas regionais, com a visão de que a participação social é algo que se aprende e se conquista.

Fig. 1: Logo do projeto “Capacitação em Gestão Participativa em Unidades de Conservação na Região Sul e Mato Grosso do Sul”.
Fig. 1: Logo do projeto “Capacitação em Gestão Participativa em Unidades de Conservação na Região Sul e Mato Grosso do Sul”, patrocinado pelo MMA/PDA.

Em 2011 e 2012 realizamos o projeto “Gerenciamento Integrado de Unidades de Conservação da Mata Atlântica: a Capacitação em Gestão Participativa como uma Estratégia de Conservação”, com o patrocínio do MMA/PDA. O Projeto trabalhou com 22 Unidades de Conservação inseridas no bioma Mata Atlântica, abrangendo dois territórios com características distintas, sendo: litoral do Estado do Paraná e a confluência do litoral do Estado do Rio Grande do Sul com a região dos Campos de Cima da Serra. Seu objetivo foi instrumentalizar os diversos atores sociais envolvidos na gestão participativa destas UCs em temas relacionados com a gestão, como planos de manejo, conselhos gestores, gestão institucional na perspectiva integrada e atividades sustentáveis associadas a essas áreas protegidas.

Em 2016, em função do amplo histórico e experiência em atividades similares, o Mater Natura foi selecionado pelo ICMBio e PNUD para realizar a capacitação de 29 integrantes do Conselho Consultivo do Parque Nacional de Ilha Grande (CONPIG) e do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná (CAPIVA).

Estudos para criação ou ampliação de UCs – O projeto “Inclusão e ampliação da proteção da Floresta Ombrófila Mista e Floresta Ombrófila Densa em quatro UCs de proteção integral na Serra do Mar paranaense”, realizado entre 2010 a 2012, resultou na produção de estudos técnicos para subsidiar o governo do Paraná na proposta de ampliar quatro Unidades de Conservação de Proteção Integral na região da Serra do Mar Paraense. Ali localizam-se dois dos ecossistemas mais ameaçados do país: a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista, ambas do bioma Mata Atlântica. Foi realizado o levantamento de importantes informações sobre quatro UCs: Parque Estadual Pico do Paraná, Parque Estadual Roberto Ribas Lange, Parque Estadual Serra da Graciosa e Parque Estadual do Marumbi.

Por sua vez, o projeto “Estudos técnicos para criação de unidade de conservação de proteção integral em remanescentes significativos de Floresta Ombrófila Mista no Paraná, foi iniciado em 2018 e será concluído em dezembro de 2019, tendo como objetivo geral a elaboração de estudos técnicos e o encaminhamento de subsídios para a potencial criação de unidade de conservação de proteção integral em Floresta com Araucária, no Estado do Paraná.

Participação em Conselhos gestores e coletivos  Ao longo de sua história o Mater Natura integrou os conselhos gestores das seguintes UCs: Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Estação Ecológica de Guaraqueçaba, do Parque Nacional de Superagui e do Mosaico de UCs do Lagamar. Além disso, também faz parte do coletivo Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação – Rede Pró-UC.

Corredores de biodiversidade – Entre 2010 e 2012, o Mater Natura participou de três projetos que trabalharam com o conceito de formação e consolidação de Corredores de Biodiversidade, estes Corredores são uma ferramenta de estratégia territorial, ao considerar os diferentes usos das áreas que o compõe, assim como as comunidades e o seu uso sustentável. Dois destes projetos foram financiados pelos MMA/PDA e integrados por um consórcio de instituições públicas e privadas, sendo um destes o “Corredor das Araucárias” (mapa deste Corredor na figura 2), e o outro o projeto “Governança participativa da Rede Gestora do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná”. Um terceiro projeto denominado “Ações de governança territorial da Rede Gestora do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná”, executado entre 2013 a 2015 com o patrocínio do Funbio, foi concebido para fortalecer os processos de governança territorial no Corredor do Rio Paraná, de forma a promover a articulação entre diferentes instituições, a troca de informações e a capacitação para o planejamento territorial.

Fig. 2: Mapa do Corredor das Araucárias. Fonte: Lab. SIG da SPVS
Fig. 2: Mapa do Corredor das Araucárias. Fonte: Lab. SIG da SPVS.

Restauração ambiental – Dois projetos aprovados em editais do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social trabalharam com o objetivo de efetuar a restauração florestal em unidades de conservação. O primeiro, “Cultivando Esperança”, entre 2012 e 2016, foi implantado na APA da Serra da Esperança, onde foi o responsável pela restauração de 95 hectares de APPs de margens de rios. Já, o projeto “Corredores de Biodiversidade do Rio Paraná e das Araucárias”, iniciado em 2017 e com término previsto para agosto de 2021, visa restaurar 351 hectares da Mata Atlântica no território dos Corredores de Biodiversidade do Rio Paraná e das Araucárias nos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul. A maior parte dessas áreas de restauração encontram-se no interior de UCs.

Educação Ambiental – O “Programa de Educação Ambiental ProLago do Iraí” e o projeto “ABC das UCs – Educação Socioambiental voltada às Unidades de Conservação”, podem ser apontados como exemplos de atividades que o Mater Natura desenvolveu na temática educação ambiental dentro e no entorno de UCs.

Pesquisas – Exemplo típico dessa categoria foi o projeto “Heterogeneidade ambiental e diversidade de anuros (Amphibia: anura) dos Campos Gerais”, desenvolvido entre 2010 a 2012, com o objetivo de inventariar as espécies de anfíbios para a região dos Campos Gerais do Paraná; sendo amostrados 43 corpos d’água em quatro Unidades de Conservação (Parques Estaduais do Guartelá, Vila Velha, Caxambu e Floresta Nacional de Piraí do Sul), registrando-se 36 espécies.

Espécie avistada durante execução do projeto “Heterogeneidade ambiental e diversidade de anuros (Amphibia: anura) dos Campos Gerais. Foto: Lucas Crivellari
Espécie avistada durante execução do projeto “Heterogeneidade ambiental e diversidade de anuros (Amphibia: anura) dos Campos Gerais. Foto: Lucas Crivellari.



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