Financiadores: O Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica é um projeto do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha (BMUB), com apoio financeiro através do KfW Entwicklungsbank (Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO.
Participação do Mater Natura no projeto: Instituição proponente e executora do projeto.
Instituições Parceiras: Instituto Água e Terra – IAT, Sociedade Chauá, RPPN Encontro das Águas (Instituto Selva), RPPN Pousada Graciosa, RPPN Encantadas e Reserva Myrtlau.
Coordenador: Paulo Aparecido Pizzi
Equipe Técnica: Karina Luisa de Oliveira (Coordenadora-Adjunta), Ricardo Pamplona Campos (coordenador de campo), Anne Zugman (responsável técnica) e Helena Zarantonielli da Costa (ordenadora de recursos).
Equipe de campo: em processo de contratação.
Descrição e metodologia:
O projeto propõe a restauração e o enriquecimento florestal de 181,1 hectares da vegetação nativa em seis Unidades de Conservação (UC) do Lagamar Paranaense (Estação Ecológica do Guaraguaçu, Parque Estadual do Rio da Onça, Parque Estadual do Palmito, RPPN Encontro das Águas, RPPN Reserva da Pousada Graciosa, RPPN Encantadas e Reserva Myrtlau) , bem como a ampliação da cadeia produtiva de sementes e mudas destinadas à restauração florestal no litoral do Paraná.
A partir da metodologia proposta pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, os modelos de enriquecimento florestal visam aumentar a diversidade de espécies, contribuindo para o incremento da biodiversidade através do plantio de 70.000 mudas de espécies finais da sucessão ecológica (secundárias tardias e climáticas). As áreas com solo degradado e domínio de espécies invasoras serão submetidas ao preparo do terreno para posterior plantio heterogêneo de 15.000 mudas, cujo objetivo é inserir espécies de recobrimento e diversidade simultaneamente.
Por meio da parceria estabelecida entre o Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais e o Governo do Estado do Paraná, através do Instituto Água e Terra (IAT) / Diretoria do Patrimônio Ambiental – Gerência de Restauração Ambiental, o projeto também irá viabilizar a produção de mudas de espécies ameaçadas, raras e com intenso histórico de exploração local, aumentando a diversidade de mudas produzidas no Viveiro do Estado, localizado no município de Morretes.
Serão identificadas áreas potenciais para reserva de árvores matrizes de espécies foco e a coleta de suas sementes, que serão encaminhadas ao Laboratório de Beneficiamento de Sementes Felipe Diapp do IAT para posterior semeadura no Viveiro de Morretes. As mudas produzidas serão destinadas tanto ao projeto como ao Programa Paraná Mais Verde, que destina anualmente milhares de mudas para doação à disposição da população paranaense para a recuperação dos processos ecológicos de áreas degradadas e alteradas do Estado.
O projeto também prevê um ciclo de capacitações em parceria com a Sociedade Chauá, visando garantir a ampliação do arranjo de atores locais com potencial de atuação futura na restauração ecológica, fomentando possibilidades de continuidade do trabalho iniciado em escala regional. As capacitações irão envolver outros atores locais também atuantes da cadeia produtiva para restauração, entre eles, associações e organizações da sociedade civil, comunidade científica, outros viveiros municipais e particulares, produtores rurais e comunidades locais.