Anfíbios microendêmicos: execução de ações do plano de ação nacional de conservação de espécies ameaçadas de extinção e estratégias para a conservação
Participação do Mater Natura no Projeto: Instituição Proponente e Executora
Financiador: Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
Parceiro: Universidade Federal do Paraná – UFPR
Equipe Executora:
Responsável Técnico: Peterson Trevisan Leivas
Técnicos: Marcio Roberto Pie, Mauricio O. Moura e Pedro Calixto
Descrição: O bioma Mata Atlântica é um dos maiores hotspots de biodiversidade no mundo, abrigando mais de 500 espécies de anfíbios, sendo que 85% destas são endêmicas. Entre os anfíbios anuros endêmicos, o gênero Cycloramphus tem 28 espécies sendo que algumas delas têm distribuição microendêmica restrita para a localidade tipo. As espécies de Cycloramphus têm hábitos conspícuos, baixas densidades populacionais e lacunas no conhecimento da história de vida das espécies, característica fundamental na avaliação do status de ameaça.
No entanto, sabe-se que das nove espécies microendêmicas para os estados do Paraná e Santa Catarina, oito tem status “Dados Deficientes, DD” na lista internacional de espécies ameaçadas (IUCN), uma tem status “Criticamente Ameaçada, CR” e quatro tem status “DD” na Lista de Espécies Ameaçadas Nacional. Para as Lista de Espécies Ameaçadas Estaduais uma é “CR” para Santa Catarina, uma é “Vulnerável, VU” para Rio Grande do Sul, três são “DD” no Paraná e uma é “DD” em São Paulo. Somado a isso, essas espécies estão contempladas no Plano de Ação Nacional PAN Herpetofauna Sul, nas ações 3.23, 3.9 e 8.18.
Considerando a importância da execução das ações previstas no PAN para avaliação do status de ameaça, manejo e conservação das espécies de Cycloramphus e das áreas que a espécie ocorre, o objetivo desse projeto é executar as ações previstas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – PAN Herpetofauna Sul para as espécies do gênero, além de utilizar DNA ambiental para determinar a ocorrência, caracterizar e mapear áreas de ocorrência e de possível ocorrência das espécies, indicando áreas para a criação de UCs para a conservação do gênero.