Biodiversidade de Brachycephalus (Brachycephalidae) e Melanophryniscus (Bufonidae) endêmicos de florestas montanas do Paraná: descobrindo novas espécies e investigando sua variabilidade genética

Financiador: Fundação Grupo Boticário
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Biodiversidade de Brachycephalus (Brachycephalidae) e Melanophryniscus (Bufonidae) endêmicos de florestas montanas do Paraná: descobrindo novas espécies e investigando sua variabilidade genética

 

Participação do Mater Natura no Projeto: Instituição proponente e executora

Financiador: Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza

Parceiros: Universidade Federal do Paraná – UFPR / Laboratório de Dinâmica Evolutiva e Sistemas Complexos; Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR e Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Câmpus de São Vicente.

Equipe Executora:
Coordenação: Marcio Roberto Pie
Técnicos e Consultores: Luís Fernando Ribeiro e Marcos Ricardo Bornschein

 

Descrição

A Mata Atlântica é considerada um dos maiores hotspots de riqueza e biodiversidade no mundo, abrigando mais de 8.500 espécies endêmicas. Esta diversidade não é distribuída homogeneamente ao longo do bioma, sendo que algumas regiões, particularmente em áreas montanhosas, apresentam um desproporcional acúmulo de espécies endêmicas, as quais, muitas vezes, são encontradas em distribuições geográficas muito restritas.

No projeto de pesquisa denominado Riqueza, ecologia molecular e conservação de Melanophryniscus (Amphibia: Anura: Bufonidae) da Floresta Atlântica do sul do Brasil”, recentemente executado pelo Mater Natura em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), também com o patrocínio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, foram realizadas expedições direcionadas para caracterizar a diversidade de anuros em regiões montanhosas do Paraná e Santa Catarina, o qual resultou na identificação de 15 potenciais novas espécies de anuros dos gêneros Melanophryniscus e Brachycephalus. Todas estas novas espécies apresentam uma distribuição muito restrita, levando a uma especial preocupação sobre a sua conservação. Além disso, a descoberta de tantas novas espécies em um pequeno período de tempo sugere que diversidade de anuros de montanhas, particularmente em florestas nebulares, ainda pode estar consideravelmente subestimada.

O presente projeto dará continuidade ao anterior, também com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e a parceria com a UFPR, contribuindo para o conhecimento de anuros de florestas montanas através da descoberta e descrição de novas espécies em localidades ainda não estudadas. Um segundo passo do projeto será a caracterização detalhada da variabilidade genética tanto das espécies já conhecidas como daquelas que forem descobertas. Para isso será utilizada uma das tecnologias mais avançadas à nossa disposição: o sequenciamento de nova geração para a obtenção de centenas de loci para cada indivíduo amostrado. Dados preliminares do grupo de pesquisa da UFPR já mostram que essa nova tecnologia é viável, poderá ser implementada para as espécies de interesse e fornecerá um nível de detalhamento sem precedentes para espécies silvestres no Brasil.

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