Mudança Climática: Projeções e Recomendações para o Litoral do Paraná – Análises de vulnerabilidade costeira, áreas prioritárias e recomendações estratégicas

O relatório “Análises de vulnerabilidade costeira, áreas prioritárias e recomendações estratégicas”, traz dados e indicações para agirmos diante dos impactos das mudanças climáticas no Litoral do Paraná, buscando envolver atores locais na construção de estratégias e políticas para ampliar nossa resiliência às mudanças climáticas.

O estudo é o segundo da série de publicações “Mudança climática: projeções e recomendações para o Litoral do Paraná” – o primeiro, “Estudos de elevação do nível do mar e quantificação de estoques de carbono azul”, trouxe projeções que mostram os potenciais efeitos da elevação do nível do mar sobre manguezais e brejos salinos e, consequentemente, sobre os estoques de carbono azul dos ecossistemas costeiros no Paraná. As publicações são do projeto “Olha o Clima, Litoral!”, realizado pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais em parceria com a Petrobras, pelo Programa Petrobras Socioambiental. 

As análises de vulnerabilidade costeira consideraram aspectos ambientais e sociais para o território e para cada um dos sete municípios do litoral, detalhando quais ecossistemas costeiros e comunidades sofrerão mais fortemente os impactos climáticos. Além dos fatores naturais, foi considerada também a forma como as pessoas e as instituições lidam com os riscos.

As áreas foram classificadas a partir de fatores como erosão, elevação do nível do mar e declividade, com o Índice de Vulnerabilidade Costeira (IVC) – metodologia amplamente aplicada no mundo – para identificarmos regiões mais vulneráveis considerando aspectos geológicos e físicos.

Mais de 19% do território foi classificado com “alta vulnerabilidade”, abrangendo parte da baía de Guaraqueçaba (englobando a Ilha Rasa), Ilha das Peças e Ilha do Mel, as bacias litorâneas entre Paranaguá e Pontal do Paraná, como a bacia do rio Guaraguaçu, e toda a zona costeira dos municípios de Pontal do Paraná e Matinhos. A Ilha de Superagui foi classificada com “muito alta vulnerabilidade” (cerca de 5% do território).

Para definição das áreas prioritárias, foram avaliados também indicadores de fragilidade de ecossistemas costeiros (em especial manguezais e brejos salinos), indicadores sociais, demográficos e a avaliação da gestão ambiental dos municípios. Comunidades de Guaraqueçaba e Antonina foram consideradas as com maior prioridade de ação.

Estas informações podem auxiliar gestores públicos na aplicação de recursos e no desenvolvimento de estratégias de resiliência climática. Nesse sentido, o relatório indica ações com base na Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE), voltadas a conservar, recuperar e gerir ecossistemas, visando à adaptação para pessoas e aplicando análises de vulnerabilidade climática. Isso inclui ações como recuperar vegetação nativa para evitar deslizamentos, restaurar habitats costeiros e conservar florestas para regular o fluxo de água.

As Soluções baseadas na Natureza (SbN), como a proteção de manguezais e brejos salinos, e a criação de unidades de conservação, também foram recomendadas, por contribuírem com barreiras naturais contra os impactos climáticos, gerando benefícios à biodiversidade e populações locais. A abordagem destaca a importância de integrar a gestão socioambiental e territorial para fortalecer a resiliência climática.

Além disso, sugere eixos estratégicos para orientar políticas públicas, incluindo a gestão de territórios para resiliência climática, a conservação de ecossistemas naturais, o engajamento de atores sociais, a promoção de estudos e a capacitação institucional e humana.

Acesse o relatório “Mudança Climática: Projeções e Recomendações para o Litoral do Paraná – Análises de vulnerabilidade costeira, áreas prioritárias e recomendações estratégicas” completo pelo link.

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