Cartilha "Manual de boas práticas para o manejo de braquiárias-d’água"

As braquiárias-d’água são espécies exóticas invasoras de capim trazidas da África para o Brasil, muito utilizadas na alimentação de búfalos, bois e também em plantações de café e milho. No litoral do Paraná, elas foram usadas em pastagens para búfalos na década de 1980. Com o tempo, a criação destes animais deixou de ser feita na região, mas estas plantas se espalharam e cresceram sem controle nos nossos estuários (que são áreas frequentemente alagadas, onde as águas dos rios se encontram com as águas do mar).

Com isso passaram a comprometer o equilíbrio natural dos nossos estuários. Por se desenvolverem muito rápido (podem crescer até 7 cm por dia) acabam se sobrepondo a outras plantas, sufocando-as e tomando conta do ambiente. Podem modificar cursos de rios, fechar canais e afetar seriamente a biodiversidade local, incluindo plantas e animais.

Espécies exóticas são organismos (plantas, animais, fungos, etc) que estão fora de sua área de distribuição natural, ou seja, são estrangeiras, e que ameaçam a diversidade biológica, causando impactos ambientais. Podem ser espécies de outros países, ou mesmo nativas de uma determinada região do Brasil, que se comportam como invasoras em outra região. Uma espécie exótica passa a ser considerada invasora quando se reproduz sem controle natural,  trazendo prejuízos a outros seres vivos, ao ambiente e até ao ser humano.

Com o objetivo de contribuir para o controle das braquiárias-d’água, o projeto “Olha o Clima, Litoral!” desenvolveu a cartilha “Manual de boas práticas para o manejo de braquiárias-d’água”. Este material visa difundir cuidados e técnicas de manejo para o público em geral e, especialmente, para a comunidade local, para que compreendam o problema e participem dos processos de controle e erradicação destes capins.

O projeto, realizado pelo Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais, em parceria com a Petrobras, pelo Programa Petrobras Socioambiental, atua para a manutenção da biodiversidade e a resiliência à mudança climática no litoral do Paraná a partir de estratégias e práticas de Adaptações baseadas em Ecossistemas (AbE). Temos como meta restaurar 6 hectares de manguezais e brejos salinos da baía de Antonina com a remoção das braquiárias-d’água em dois anos de projeto (de outubro de 2022 a outubro de 2024). 

No manual, mostramos como identificar as espécies nativas de plantas estuarinas, para que não sejam confundidas com as braquiárias-d’água, e explicamos sobre o desafio de controlar as braquiárias, devido à dispersão vegetativa (uma vez que basta um “talinho” para que se reproduzam) e ao seu crescimento rápido. Alertamos sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a dispersão e trazemos as técnicas de manejo adequadas. 

Nossos contatos

Telefones

Telefone/WhatsApp
(41) 99716-0054

Mater Natura: (41) 3013-7185

E-mail

Contato e assessoria de imprensa: [email protected]

Endereço

Sede Mater Natura
Rua Emiliano Perneta, 297, conjunto 122 – Centro. Curitiba/PR – CEP 80010-050

Acompanhe o projeto nas redes sociais

Rolar para cima